Durante a Primeira República, o método intuitivo manteve-se como referência. Esse método, conhecido também como lições das coisas, foi fruto da Reforma de Leôncio e idealizado com o objetivo de resolver o problema de ineficiência do ensino, diante de sua inadequação às exigências sociais decorrentes da revolução industrial que se processara entre o final do século XVIII e meados do século XIX. (SAVIANI, 2007)
O método intuitivo consistia na valorização dos conhecimentos que decorria dos sentidos e da observação. O ensino precisaria partir do particular para o geral, do conhecido para o desconhecido, do concreto para o abstrato, deveria se desenvolver a partir de ilustração com objetos, animais ou figuras, entretanto, a falta de laboratórios e materiais, como: bússola, globo terrestre, mapas, cadernos de caligrafia, esqueleto humano, microscópios, entre outros, era a principal reclamação dos professores e diretores de escolas. (SOUZA, 1998)
Esse novo método também exigiria uma nova postura por parte dos professores, no processo de aprendizagem dos alunos, assim, foram elaborados manuais de ensino, que consistia num conjunto de procedimentos a serem seguidos pelos educadores para a elaboração das atividades pedagógicas. Acreditava-se que esse material didático e a criação de bibliotecas seriam suficientes para a preparação do trabalho docente. (SOUZA, 1998; SAVIANI, 2007)
Contudo, sem contar com os materiais necessários para as atividades práticas e sem uma formação adequada dos professores, o entusiasmo, o dinamismo e o vigor depositado nas lições de coisas se depararam com um sistema de aprendizagem a partir da leitura, do quadro-negro e da palavra do professor. (SOUZA, 1998)
Além das ideias pedagógicas dominantes, Saviani (2007) destaca as provenientes de grupos socialmente não dominantes, elaboradas a partir da perspectiva do movimento operário que se deu sob a defesa das ideias socialistas, na década de 1890, anarquistas (libertárias) nas duas primeiras décadas do século XX e comunistas, na década de 1920.
